Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os cheques têm sido cada vez menos usados pelos brasileiros. Em 2023, foram compensados um total de 168,7 milhões de documentos, número 17% menor que o total registrado em 2022.
Quando a comparação é feita com o ano de 1995, início da série histórica da Febraban, e ocasião em que foram compensados 3,3 bilhões de cheques, a queda registrada em 2023 chega a 95%. “As estatísticas têm como base o Serviço de Compensação de Cheques (Compe)”, pontuou a entidade no último dia 22 de janeiro.
Os dados em questão também apontam que, em 2023, o número de cheques devolvidos foi de 18 milhões (10,67% do total de cheques compensados no país, no ano) — o que significa uma queda de quase 8% na comparação com 2022, quando foram devolvidos 19,5 milhões de documentos. “Em 1996, início da série histórica desta categoria, foram contabilizados 63,5 milhões de cheques devolvidos”, salientou a Febraban.
Falta de fundos, irregularidades ou erros de preenchimento são alguns dos motivos que geram a devolução de cheques. Especificamente no que se refere aos cheques devolvidos sem fundos, foram contabilizados 15 milhões em 2022 e 13,6 milhões no ano passado — ou seja, houve uma queda de cerca de 9% nesse sentido. “Em 1997 (início desta série histórica específica), o número registrado de cheques devolvidos sem fundo foi de 56,8 milhões”, lembrou a Federação Brasileira de Bancos.
Ainda conforme o que apontou a Febraban, os dois principais fatores que justificam a “significativa redução observada em quase 30 anos de uso do cheque” são:
- O avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking; e
- A criação do Pix, em 2020.
Mais dados e notícias sobre o assunto constam na reportagem completa publicada no portal da Federação Brasileira de Bancos.