O Brasil investe menos do que precisa nas rodovias do país. A conclusão é do estudo intitulado “Investimentos públicos e as rodovias federais no Brasil: evolução e perspectivas”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que revelou que, para subir a qualidade das rodovias federais públicas brasileiras, são necessários investimentos anuais no valor de R$ 12 bilhões em obras de manutenção, duplicação e construção de trechos. “Nos últimos anos, no entanto, o volume aplicado foi de R$ 7 bilhões, em média”, pontuou o relatório publicado em março.
“De acordo com o levantamento, a demanda por investimentos nessas rodovias foi R$ 11,1 bilhões e R$ 12,2 bilhões, nos anos de 2019 e 2020 respectivamente, enquanto o valor efetivamente executado anualmente esteve em torno de R$ 7,4 bilhões”, destacou a CNI. “Para 2022, a demanda estimada é de R$ 12,3 bilhões e o orçamento do DNIT para investimentos em rodovias, de R$ 6 bilhões, cerca da metade do valor necessário”, salientou a entidade.
No texto, o estudo da CNI ressaltou que “a crise fiscal e a consequente deterioração da capacidade de investimento estatal tiveram impacto direto no transporte rodoviário”. Segundo as notícias reportadas pelo documento, “após alcançar o pico de recursos públicos e privados de mais de R$ 40 bilhões em 2010, a estimativa, em 2021, foi de R$ 16,6 bilhões, o menor resultado desde 2005”. A pesquisa também frisou, contudo, que, “apesar dos esforços recentes para viabilizar e concluir os empreendimentos no país, a queda foi particularmente acentuada no caso dos orçamentos do governo federal e dos Departamentos de Estrada e Rodagem (DERs) dos estados”.
Para o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso, “a retomada dos investimentos é urgente para que o transporte de cargas e o tráfego de veículos em geral sejam feitos com segurança e agilidade”.
Todas as conclusões do estudo da Confederação Nacional da Indústria podem ser conferidas na íntegra do levantamento da entidade.