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Região Norte sofre com a perda de seus médicos recém-formados, destaca Conselho Federal de Medicina

Posted on March 30, 2022October 11, 2022

A região Norte perde para outras regiões do país mais da metade de seus médicos recém-formados, segundo o que destacou o Conselho Federal de Medicina (CFM) no último dia 24 de março.

“Ao avaliar o fluxo de migração interna dos recém-formados nos últimos três anos, o CFM constatou que mais de 60% dos médicos que se formaram em escolas médicas sediadas no Norte do país nem chegaram a solicitar inscrição nos estados em que se formaram”, acentuou a entidade.

“É o caso do Acre, onde, dos 240 médicos formados desde 2018, 151 (62,9%) não chegaram a se registrar naquele território”, ilustrou o Conselho Federal. Outro exemplo é Tocantins, estado em que “787 (56,7%) médicos que ali se formaram neste mesmo período também partiram para outros estados assim que concluíram a graduação”, acrescentou.

O coordenador da Comissão de Ensino Médico do CFM, Júlio Braga, explicou que “o Brasil ainda sofre com grande desigualdade na distribuição da população médica”. Segundo ele, “faltam políticas públicas que estimulem a migração e fixação dos médicos nas regiões de difícil provimento”. Ainda de acordo com Braga, esse fluxo persistente de médicos em direção aos mesmos lugares do Brasil pode agravar desigualdades — ainda, para ele, esse problema não será resolvido somente com o aumento do número de profissionais ou com a “suposta interiorização por meio da abertura de novas escolas”.

De acordo com as notícias do Conselho Federal de Medicina, quase 72 mil novos egressos se registraram nos CRMs entre os meses de janeiro de 2018 e agosto de 2021. A entidade pontuou que os estados brasileiros que mais formaram médicos foram:

  • São Paulo, com 12.812 (17,9%);
  • Minas Gerais, com 10.942 (15,3%); e
  • Rio de Janeiro com 7.893 (11%).

O CFM acentuou, no entanto, que, “apesar do volume superior de formandos, São Paulo também se destaca como a unidade da federação que mais recebeu egressos de outras localidades: um total de 5.050 médicos, 40% a mais do que conseguiu formar nos últimos três anos”.

Para Júlio Braga, historicamente, nenhum Governo no país implementou medidas efetivas para eliminar essas distorções. “Além de estrutura de trabalho, os recém-formados muitas vezes buscam mais oportunidades para se tornar um especialista, isto é, vagas em Programas de Residência Médica”, ressaltou ele.

O coordenador da Comissão de Ensino Médico do CFM ainda enfatizou que um dos pontos essenciais para melhorar a situação atual é a criação de uma carreira de estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso beneficiaria ambas as partes — tanto o cidadão que ganharia em estrutura de atendimento, quanto o médico que teria as condições de trabalho e os estímulos profissionais necessários.

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