De acordo com a análise do Mapa Covid-19, 20 (83%) dos 24 países mais afetados pelo novo coronavírus (Covid-19) adotaram o “lockdown” como uma de suas ações de combate à pandemia — ainda, três (13%) adotaram o isolamento vertical. O Mapa em questão se trata de um projeto de pesquisa realizado com a coordenação do professor Daniel Vargas, e integrado por alunos e ex-alunos da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na etapa citada em questão, o levantamento não inclui as ações do Brasil — essas serão analisados somente em uma próxima fase do projeto.
O Mapa da FGV ainda aponta que vários países organizaram-se para produzir soluções de alcance local para evitar o avanço do números de casos da doença. Alguns exemplos nesse sentido são a quebra de patentes e o fomento à pesquisa.
Diferença entre lockdown e isolamento vertical
O lockdown, que deve ser decretado pelo poder público, trata-se da medida mais radical em prol da não circulação de pessoas — a intenção é, justamente, evitar ao máximo a propagação do novo coronavírus.
“No Brasil, ela foi implementada em alguns locais, como São Luis e outras três cidades do Maranhão; em quatro cidades no interior do Amazonas; Belém e outras 16 cidades do PA [Pará]; e mais de 30 cidades do Tocantins. No estado de São Paulo, o governo diz que o protocolo está pronto, mas ainda não será adotado”, explicou o portal G1 em reportagem publicada no dia 18 de maio. A matéria ainda salientou que “o presidente Jair Bolsonaro é contra a medida”.
Já o chamado isolamento vertical se refere à restrição de circulação apenas daquelas pessoas que estão no grupo de risco para a Covid-19 — ou seja, aqueles que estão mais propícios a sofrerem com o agravamento da doença, como é o caso dos idosos; de quem convive com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão; daqueles que possuem alguma condição de deficiência imunológica, como os pacientes em tratamento contra o câncer; e, ainda, de quem tem histórico de infarto agudo do miocárdio e outras doenças cardiovasculares. Segundo as notícias da matéria do G1, no Brasil, cerca de 86 milhões de pessoas estão nesta situação de grupo de risco.