A área agrícola concentrada no Brasil teve um aumento de 3,3% entre os anos de 2016 e 2018, segundo uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em recentes notícias no final de março de 2020. O levantamento dos dados foi feito a partir do “Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra” com o apontamento de que, desde o início dos primeiros levantamentos realizados em 2000, o tamanho da área agrícola no Brasil cresceu 44,8%, o equivalente a 664.784 km² em 2018. Considerando toda a área terrestre e marítima do país, a área de plantio já representa 7,6% do território brasileiro.
De acordo como o IBGE, no período entre 2000 e 2012, as áreas de conservação de pastagem representavam 20% das novas áreas agrícolas no país. O instituto salienta que após 2012 esse percentual equivalente saltou para 53%. “De todas as mudanças observadas referente as novas áreas de cultivo no país entre o período de 2016 e 2018, 16% dessas áreas são de conservação de pasto onde o manejo agrícola passou a agregar o plantio e a economia do setor”, explica Fernando Peres, Gerente de Recursos Naturais do IBGE.
Os pesquisadores do IBGE também destacam que a conservação de pastagem com manejo utilizado por agricultores é um método bastante explorado por produtores no Brasil e em outros países. “A dinâmica de ocupação tem se mostrado em sequência, tanto em áreas do Cerrado quanto em áreas florestais. A princípio, há a retirada da vegetação nativa, com a instalação de pastagens e após a área ficar degradada, vem a implantação da agricultura naquele local alguns anos depois”, reforça Peres.
O instituto também afirma que o potencial de expansão agrícola, entretanto, não vem sendo explorado como antes, pois vem apresentando um decaimento no ritmo da expansão das áreas de lavouras em comparação com medições anteriores. AS maiores elevações das áreas de plantio foram observadas entre aos anos de 2012 e 2014, período onde a área cresceu 7%. Já entre os anos de 2014 e 2016, o crescimento foi de 3,1%. Entre o período mais recente da pesquisa, que vai de 2016 a 2018, o crescimento foi de 3,3%.